Indevidamente “batizados” pela CBF
como árbitros adicionais, auxiliares de linha de fundo ou fiscais de grande
área, esses profissionais seriam de fundamental importância na qualidade da arbitragem,
sobretudo se lhes fossem dado mais poder de decisão e, em alguns lances, até
mais autoridade que o árbitro central, levando-se em consideração o
posicionamento privilegiado e a proximidade das jogadas no setor nevrálgico do
campo, a grande área, onde o agarra-agarra, as simulações de pênaltis e a
famosa bola na mão ou mão na bola, podem mudar o resultado de alguns jogos
A propósito, com o altíssimo
custo do árbitro de vídeo, a CBF resolveu utilizar o quinteto de arbitragem no
Brasileirão, embora de forma equivocada, já que os auxiliares de linha de fundo
estão posicionados do mesmo lado dos auxiliares laterais, ou seja, do lado
esquerdo da grande área, tirando a visão do colega de trabalho, no momento das
cobranças de escanteios.
Portanto, o mais lógico é posicioná-los do
lado direito da grande área, como eram utilizados pela UEFA na champions league
a partir de 2011, e em algumas competições européias sub-20, em 2009, na gestão
de Michel Platini. Michel Platini, que após ler o nosso livro REGRAS E
CONTRA-REGRAS, páginas 71-72 (Quinteto de Arbitragem), editado no primeiro
semestre de 2006, época em que o espertalhão francês era secretário de Blatter
na FIFA, divulgou para o mundo que teria achado a solução para diminuir os
erros de arbitragem, com a utilização de mais quatro olhos nas proximidades da
grande área.
O ex-mandatário da UEFA gostou tanto da nossa
sugestão, que ao assumir aquela entidade esportiva, imediatamente providenciou
a utilização dos auxiliares de linha de fundo, ignorando ou achando que não
teríamos como provar que a ideia era nossa. Ledo ou risonho engano? O certo
mesmo é que temos a prova e está muito bem guardada para utilização no momento
oportuno. Trata-se de um AR datado de 03.08.2006-ZURICH-SUIÇA, recebido da
entidade máxima do futebol mundial-FIFA, cujo Sedex continha alguns exemplares
do referido livro.
Outra prova inquestionável é o AR
também recebido da CBF, dando conta da recepção de outro Sedex contendo
exemplares do mesmo livro, correspondência datada de 12.09.2006. Além da FIFA e
CBF, também enviamos exemplares para as Federações e grande parte da imprensa
brasileira, bem como blogs e redes sociais. Evidentemente guardamos a nota
fiscal da gráfica editora, datada de 04.07.2006, outra prova incontestável da existência
do livro, contendo inclusive outras sugestões já acatadas pelas Federações, CBF
e FIFA. E agora seu Michel? Será que alguém vai acreditar em seu blá blá e em tamanha “coincidência”? Da minha parte fica
uma breve oração: Que Deus tenha misericórdia desse pobre irmão!
Lembrando que a nossa sugestão foi muito clara quanto ao posicionamento
do lado oposto aos auxiliares laterais, repito, lado direito da grande área,
pedimos aos dirigentes da CBF e aos desportistas em geral, especial atenção a
outra alternativa que poderia amenizar os gravíssimos problemas de arbitragem
no Brasil e no mundo: ALINHAMENTO DE AUXILIARES LATERAIS. Na prática, seria a
transferência do auxiliar de linha de fundo, para a outra lateral do campo, ou
seja, auxiliares laterais alinhados, frente a frente, facilitando o trabalho do
árbitro central. Esses auxiliares laterais correriam de forma sincronizada,
criando uma linha imaginária, além de aumentarem a atenção nos lances de área,
principalmente nas cobranças de escanteio.
Resumindo: se os dois auxiliares
levantarem a bandeirinha o árbitro imediatamente tem que marcar o impedimento.
Na hipótese de apenas um auxiliar levantar a bandeirinha, o árbitro terá que
assumir o lance ou recorrer aos outros auxiliares ou até mesmo ao árbitro
reserva, embora o correto seria a utilização do recurso eletrônico,
principalmente nos jogos decisivos. A grande verdade é que em jogo de futebol
todo lance é duvidoso a depender do ângulo que se observa. Por isso mesmo, o
árbitro jamais deveria assumir sozinho os lances polêmicos. O veredicto ou a
decisão tem que ser do quinteto de arbitragem. Ou será que apenas dois olhos podem
enxergar mais do que dez?
DF SOUTO
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