ESPORTE
Já que o futebol é um dos
esportes mais rentáveis, em vez de apenas 3 árbitros, deveríamos ter mais 2
auxiliares de linha de fundo que, sem dúvida, é o setor onde se originam os
lances mais polêmicos, sobretudo porque a grande área é o ponto nevrálgico dos
jogos, envolvendo aquele agarra-agarra, simulação de pênaltis, bola na mão ou
mão na bola e os próprios lances de penalidade máxima, que são decisivos, às
vezes, mudando o resultado de alguns jogos. Lances de difícil observação,
inclusive depois de revistos várias vezes com os recursos eletrônicos
popularmente chamados de repeteco. Esse auxiliar de linha de fundo seria uma
espécie de fiscal de grande área, dando atenção especial às jogadas faltosas e
aos dificílimos lances de ultrapassagem da bola sobre a linha de gol.
Qual o verdadeiro desportista brasileiro,
principalmente os torcedores do Internacional, que já conseguiu esquecer aquele
terrível erro cometido pelo Marcio
Resende de Freitas (Corinthians x Internacional - Brasileirão 2005), não marcando o pênalti
sobre o jogador Tinga? E o que é mais lamentável: além de tirar o título do
time gaúcho, ainda expulsou Tinga, em vez de expulsar o goleiro Fabio Costa,
verdadeiro culpado, devido à violência da jogada. Na minha modesta opinião, se
tais jogadas fossem analisadas pelos 5 árbitros (Quinteto de Arbitragem), principalmente pelo auxiliar de linha de fundo, já que normalmente o árbitro
central costuma estar distante da grande área, lances idênticos àquele
deixariam de mudar o resultado de alguns jogos, descartando-se interesses
escusos.
Usando recursos eletrônicos ou não, uma breve parada
no jogo, poderia eliminar esse problema, com uma rápida consulta aos auxiliares
de linha, principalmente o de linha de fundo, beneficiado pela pequena
distância dos lances de área. Com relação aos auxiliares de linha de fundo,
seriam muito mais úteis do que os auxiliares laterais, uma vez que teriam
melhor visão para decidir a saída da bola, tanto nas baixas como naquelas
cobranças de escanteios e faltas laterais em que os árbitros costumam marcar
“perigo de gol”, alegando que a bola teria feito a curva.
A grande verdade é que esses auxiliares de
fundo, posicionados do lado direito da grande área (lado oposto aos auxiliares
laterais), acabariam também sendo auxiliares desses profissionais, contribuindo
com melhor desempenho do árbitro central, sobretudo quando este não estiver
muito próximo da grande área, fato
natural e corriqueiro no futebol, quando são feitos os longos lançamentos,
distanciando o juiz de jogadas que podem mudar o resultado dos jogos, na
hipótese de uma marcação equivocada.
No entanto, o bom senso manda que qualquer
nova experiência nas regras, devem ser feitas nas divisões inferiores, jamais
em clássicos ou jogo decisivos. Nesta
sugestão, por exemplo, poderia surgir casos em que um auxiliar suspendesse a
bandeira e o outro não, cabendo ao árbitro principal assumir a decisão do lance, ou até consultar os auxiliares da
outra metade do campo. Quanto a essas breves paradas no jogo, lembramos que na
maioria das vezes o jogo fica
interrompido por longos períodos exatamente por decisões erradas em lances
polêmicos.
Extraído do livro
Regras e Contra-Regras
Autor: Dalmar F Souto
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