Voluntários ou Kamikazes da Copa?



FUTEBOL

Os kamikazes japoneses eram jovens suicidas que davam suas vidas pela pátria e pelo imperador Hirohito, pilotando aviões carregados de explosivos, tendo como alvo os porta aviões norte americanos, durante a Segunda Guerra Mundial. Interessante é que esses “voluntários” eram “nomeados” pelos oficiais japoneses exatamente como os homens “bomba” atuais, depois de uma prolongada lavagem cerebral.

Respeitadas as devidas proporções, nossos já denominados “voluotários” da Copa, além de não assistirem os jogos nem mesmo pela  TV, poderão acabar sendo vítimas  de balas perdidas no quase inevitável fogo cruzado que poderá ser  travado entre policiais e os fanáticos e violentos  protestantes de rua,  cujas  consequências são  imprevisíveis e inimagináveis.



Mais grave ou semelhante à batalha campal ocorrida  recentemente em Guarulhos-SP,  esses “generosos” brasileirinhos estarão arriscando suas vidas, enquanto o velho Blatter e seus “companheiros” insensíveis,  avarentos e gananciosos continuarão usando a Dona FIFA para humilhar e explorar pessoas bem intencionadas, desfrutando do velho 0800 com disfarce de “voluntários”. Sou contra a violência, mas, se essas velhas raposas dessa nefasta e nociva Entidade esportiva receberem, literalmente, uma “ovação” durante seus hipócritas discursos, certamente não será com ovos perfumados.

Afinal, esses egoístas dirigentes, que inclusive já venderam as Copas de 2018 e 2020 para Rússia e Qatar, respectivamente, estão precisando mesmo é de leitura Bíblica diária, para aprenderam a amar ao próximo, sobretudo para deixarem de idolatrar o dinheiro, raiz de todos os males. Bom mesmo seria uma ação do Ministério do Trabalho contra esses escravocratas cheios de petrodólares recebidos dos árabes, por conta de uma Copa que ainda vai ser realizada daqui a 8 anos, obrigando-os a pagarem salário periculosidade aos “voluntários”, uma vez  que esses pobres coitados  estarão orientando pessoas no trânsito que mais mata no mundo, “recheado” de assaltantes, bombas, rojões, cassetetes, spray de pimenta, balas de borracha e outras inovações bélicas e “caseiras”. Melhor ainda seria uma parceria entre Ministério  do Trabalho e Ministério Público Federal que, segundo a lei, podem até prender aqueles que utilizam mão de obra escrava, coisa corriqueira em alguns estados do Brasil, onde fazendeiros escravistas já foram punidos exemplarmente.



Explorações à parte, a  grande verdade é que os brasileiros não deixaram de gostar da seleção de futebol, estrategicamente explorada como “pão e circo” pelos nossos corruptos e demagógicos políticos. O problema mesmo é o preço estapafúrdio que estamos pagando por esta Copa, sobretudo porque ninguém consegue ser feliz, vendo filhos em escolas sucateadas, onde faltam professores e até cadeiras para os estudantes;  familiares sendo vítimas de assaltantes protegidos por senadores coniventes com o crime;  entes queridos morrendo à míngua nos corredores de hospitais públicos sujos e  fedorentos; além da péssima qualidade do transporte coletivo, enquanto bilhões de reais dos cofres públicos foram  usados para beneficiar dirigentes da FIFA e outros espertalhões políticos do “País das Maravilhas”. 

E para piorar ainda mais, os verdadeiros e fiéis torcedores de arquibancada perderam o pouco lazer que tinham, uma vez que os estádios do povão foram transformados em luxuosas arenas esportivas, onde só os ricos podem frequentar. 

Portanto, diante de tanta generosidade desses voluntários, oferecendo-se para trabalharem de graça para essa “má-drasta” chamada Dona FIFA, sou obrigado a finalizar com uma frase de  Kate Lyra , antiga comediante da Praça é Nossa/SBT:  “Brasileiro é bonziiiinho!”

D F SOUTO

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